assédio moral no trabalho
A violência perversa no cotidiano Não bastassem os problemas relacionados às mudanças no mercado de trabalho, reflexo da globalização, que levou à precarização das relações trabalhistas e redução de direitos, das inovações tecnológicas e das crises financeiras, os trabalhadores passaram a conviver com mais um inimigo no dia-a-dia de suas atividades: o assédio moral no ambiente de trabalho.
A violência psicológica, o constrangimento e a humilhação são práticas que passaram a ser adotadas de formas variadas no cotidiano. Seu poder de destruição vai além da sua prática, levando à degradação das condições de trabalho, com efeitos nocivos à dignidade, às relações afetivas e sociais e à saúde física e mental do trabalhador, além de prejuízos para as empresas e órgãos públicos.
Condutas mais comuns que caracterizam o assédio moral:
● dar instruções confusas e imprecisas ao trabalhador;
● bloquear o andamento do trabalho alheio;
● atribuir erros imaginários ao trabalhador;
● pedir-lhe, sem necessidade, trabalhos urgentes ou sobrecarregá-lo com tarefas;
● ignorar a presença do trabalhador na frente dos outros e/ou não cumprimentá-lo ou não lhe dirigir a palavra;
● fazer críticas ao trabalhador em público ou, ainda, brincadeiras de mau gosto;
● impor-lhe horários injustificados;
● fazer circular boatos maldosos e calúnias sobre o trabalhador;
● forçar a demissão do trabalhador e/ou transferi-lo do setor para isolá-lo;
● retirar seus instrumentos de trabalho;
● agredir o assediado somente quando estão a sós;
O assédio moral, muitas vezes, é praticado de forma dissimulada, por meio de atitudes dificilmente identificadas no início, com a intenção de baixar a auto-estima e desestabilizar, emocionalmente e profissionalmente, a vítima. No entanto, atinge proporções que levam ao desequilíbrio no local de trabalho, a prejuízos para a empresa ou órgão e ameaçam a dignidade e a saúde do trabalhador. Vários são os objetivos dos