Assédio Moral no Trabalho
(Artigos - 18.05.2005)
Por Fernanda de Luiz Pereira da Silva, bacharel em Direito
A proposta deste artigo é definir o assédio moral, mostrando o que é, quem são as pessoas assediadas e identificar a diferença entre o assédio moral e outras formas de sofrimento no trabalho. Tão antigo quanto o trabalho, o assédio moral ou mobbing - termo derivado de mob
(horla, plebe) - se caracteriza pela repetição de comportamentos hostis, técnicas de desestabilização e maquinações contra um trabalhador que desenvolve, como reação, graves problemas psicológicos duradouros.
O assédio moral no trabalho tornou-se uma forte preocupação social. A discussão a respeito do assédio moral acarretou o fato de que pessoas assediadas até então, sofriam em silêncio, mas agora sentiram-se mais seguras e passaram a expressar e a denunciar as práticas abusivas de que são vítimas. O assédio moral é um processo destruidor sutil, que pode levar à incapacidade permanente e mesmo à morte da vítima, pois a pressão a leva inclusive ao suicídio.
Diversas ações caracterizam o assédio moral:
a) rebaixar outra pessoa, para adquirir boa auto-estima e demonstrar poder.
b) restringir, da vítima, a possibilidade de falar; isolar alguém de seus colegas; desconsiderar sua opinião, não dar tarefas a alguém; fazer críticas imotivadas constantemente.
Usualmente o assediador age de modo que parece ser algo inofensivo e o trabalhador agredido não quer se mostrar ofendido, levando tudo na brincadeira. Com a duração do quadro e a repetição das agressões a vítima é acusada e submetida a uma situação degradante e, quando reclama, é chamada de desequilibrada. Sendo assim os colegas de trabalho ficam complacentes e nada fazem por medo de serem os próximos, o que cria um pacto de tolerância e de silêncio.
A agressão tende a desencadear ansiedade - e a vítima se coloca em atitude defensiva por ter a sensação de ameaça, surgindo os sentimentos de fracasso, impotência e baixa