Associativismo urbano
Escola Superior de Educação e Comunicação
FICHA DE LEITURA
ASSOCIATIVISMO URBANO E PARTICIPAÇÃO NA CIDADE - Helena Vilaça
Sociologia do Território 1ºano | 2º semestre
Docente Maria Leonor Borges
Débora Ramos nº29679 | Inês Bárbora nº44425 | Joana Revez nº 45144 | Laurinda Alves nº45814
ASSOCIATIVISMO URBANO E PARTICIPAÇÃO NA CIDADE
Helena Vilaça
O artigo científico de Helena Vilaça descreve uma pesquisa sobre associativismo e participação no meio urbano com incidência nas Associações de moradores da cidade do Porto. A pesquisa centra-se especificamente na intervenção dos actores sociais em projectos colectivos, organizados pelas A.Ms.
Palavras-chave: Associativismo, movimento popular, habitação, Estado, legitimidade, poder, sucesso.
1. Contextualização do processo evolutivo das A.Ms entre 1974 e 1991:
Os movimentos populares começaram a tomar ênfase após a queda do Estado Novo. Em Lisboa, os movimentos tinham origem na classe proletariada dos bairros de lata mas além desse foco, os movimentos começaram a expandir-se territorialmente, alargando os seus campos de intervenção para uma dimensão político-ideológica.
Já na cidade do Porto, o movimento surgiu através dos moradores de bairros sociais onde expunham o seu descontentamento face às condições precárias do seu território. Sobre esse ponto, foram criadas comissões de moradores para que os envolvidos pudessem reivindicar os seus direitos. Apesar do movimento se manifestar por um variado leque de falências sociais, o mais eminente destacava o direito à habitação.
Antes do 25 de abril, cerca de um quarto da população do Porto vivia em condições habitacionais degradadas. A produção de habitação não respondia às necessidades, dirigindo-se em grande parte às classes média e alta.
Com a conquista de autonomias do colectivo graças à queda do regime, a relação entre a sociedade civil e o estado tomava contornos ambíguos, uma vez que a população que lutava