Assoalho Pélvico
Dra. Renata Stefânia Olah de Souza
Fisioterapeuta & Doula
Contato: renata.olah@gmail.com
Com a gravidez, o corpo da mulher sofre alterações fisiológicas progressivas e contínuas enquanto ela se prepara para vivenciar uma nova função em seu círculo familiar e social. E é no período pré-natal que a grávida deve ser orientada quanto às etapas que vivenciará durante a gestação, no trabalho de parto e no pósparto, ou puerpério como é conhecido esse período. Os esclarecimentos e a educação da gestante se fazem sempre necessários, pois uma mulher bem preparada e acolhida pode contribuir satisfatoriamente para a evolução natural do parto. É função do fisioterapeuta especializado em Saúde da Mulher trabalhar com a gestante, orientando e sensibilizando-a para que desenvolva toda a potencialidade de seu corpo, cujo controle e coordenação serão solicitados neste momento tão especial que é o parto. E todo esse trabalho pode e deve ser iniciado por uma região do corpo importante, porém muitas vezes desconhecida: o assoalho pélvico.
O assoalho pélvico (ou períneo, como é conhecido) é o conjunto de músculos, ligamentos e fáscias, que fecha a pelve e é perfurado por três orifícios: a uretra, a vagina e o ânus. Seu papel é o de sustentar vísceras pélvicas e abdominais, manter a função urinária e fecal, além de participar da função sexual e permitir a passagem do bebê no momento do parto. Durante a gestação essa musculatura é bastante exigida, uma vez que necessita manter o útero gravídico, ou seja, o útero e o bebê em constante crescimento.
Para que o assoalho pélvico desenvolva bem sua função na gravidez, é preciso que esteja forte e elástico, a fim de permitir a sustentação do bebê e sua saída no momento do parto, causando o menor estresse possível para o corpo da mãe.
Por muito tempo o parto normal foi considerado o grande vilão do assoalho pélvico, sendo responsabilizado pelo aparecimento de