Assistência de Enfermagem na Hemotransfusão
A medicina transfusional é uma ciência que vem apresentando expressivos progressos, modifica-se continuamente e apresenta uma grande perspectiva de desenvolvimento futuro, não apenas no Brasil como em outros países do mundo.
No Brasil, a regulamentação da Hemoterapia é realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), através da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 153 de 14 junho de 2004, que normatizou e padronizou os procedimentos hemoterápicos, incluindo procedimentos de coleta, processamento, testagem, armazenamento, transporte e utilização, visando garantir a qualidade do sangue.
A hemoterapia hoje se constitui em uma das alternativas terapêuticas mais efetivas no tratamento de determinadas patologias e na reposição de hemocomponentes e hemoderivados essenciais à manutenção da vida.
O papel da enfermagem em hemoterapia no passado era prestado somente por técnicos de laboratórios. Nas últimas décadas houve progresso em relação à prática assistencial hemoterápica e a presença do profissional com conhecimento específico na área de atuação tornou-se fundamental. Assim a enfermagem passou a desenvolver atividades em várias áreas, como triagem clínica do doador, coleta de sangue, procedimento transfusional de hemocomponentes e aplicação de hemoderivados.
Segundo Ferreira et al. 2007 apud SOUZA 2012, fala que, nas práticas de transfusão sanguínea, a responsabilidade pelo ato transfusional é do médico, porém é o enfermeiro e sua equipe que identificam o paciente, verificam e avaliam os sinais vitais, realizam a conferência da bolsa do hemocomponente, iniciam e acompanham a infusão do produto sanguíneo e auxiliam no cuidado diante de reações, caso elas ocorram. Por conseguinte, esses profissionais, caso não tenham conhecimento científico sobre o processo nem habilidade técnica suficiente, podem causar complicações e danos ao paciente.
Um serviço de Hemoterapia constitui-se de grandes e importantes