Assistência de enfermagem ao paciente politraumatizado
Os pacientes politraumatizados possuem características específicas que os diferem dos demais, são pessoas que, na maioria das vezes, deixam o estado de higidez e assumem um quadro grave e que, por vezes, apresentam um prognóstico sombrio. Segundo o comitê do PHTLS (2004), nos Estados Unidos ocorrem cerca de 60 milhões de trauma a cada ano, sendo que destes, 30 milhões necessitam de atendimento de profissionais da saúde e 9 milhões sofrem as seqüelas. Destas vítimas, 8,7 milhões estarão com seqüelas temporárias e 300 mil com seqüelas irreversíveis. Neste sentido, os politraumatismos constituem uma enfermidade devastadora e destrutiva que afeta especialmente jovens, os membros mais produtivos da sociedade, além de ser um dos problemas de saúde mais caro que se conhece, considerando ainda, o tratamento hospitalar e o período de reabilitação, que em alguns casos se estende por meses ou ainda, prolongam-se para a vida toda (SOBÂNIA, 2003).
O grande fluxo de politraumatizados atendidos e a dinamicidade da rotina em uma sala de emergência requerem uma atuação eficaz e eficiente do enfermeiro. Tal complexidade se expressa pelo curto espaço de tempo para assisti-lo e o risco de morte do cliente, tendo o enfermeiro importante papel nesse contexto (FIGUEIREDO, 2008). Devido a esta realidade, atuar de forma humana na sala de emergência é um desafio ao enfermeiro e sua equipe.
Dessa forma, entende-se que a aplicação prática deste conceito defronta-se com uma gama de obstáculos quando o cliente corresponde a uma vítima de trauma. Por se tratar de uma afecção multicompartimental, a equipe multiprofissional que atende ao politraumatizado, comporta diferentes vertentes de investigação, entre elas estão as relações com o paciente, equipe assistencial e tecnologia, na sala de emergência deve possuir alto padrão de conhecimentos técnico-científicos, o que muitas vezes o atendimento inicial, com a supervalorização da