Assistente Social
. A prática conservadora estava baseada numa forma de intervenção ideológica que se baseia no assistencialismo como suporte de uma atuação cujos efeitos são essencialmente políticos: o enquadramento das populações pobres e carentes, o que engloba o conjunto das classes exploradas. Para Faleiros (1981) foi necessário um maior compromisso da profissão com a classe trabalhadora, o que caracterizou com a ruptura com um Serviço Social paternalista ou meramente desenvolvimentista, era uma práxis que assistia ao invés de prestar um “Serviço”. O questionamento social, político, os movimentos sócias e as novas exigências da acumulação do capital, a partir do pós-guerra, foram colocando o Serviço Social como profissão numa posição de a-contemporaneidade com seu tempo, na base do consenso religioso da colaboração de classes. Faleiros entende que o movimento de reconceituação trouxe para os Assistentes Sociais a identificação político-ideológica da existência de lados antagônicos, a de dominantes e dominados, negando a neutralidade profissional que historicamente orientava a profissão, isto promoveu um debate coletivo sobre a dimensão política da profissão. Nesse contexto, a reconceituação além de romper com o tradicionalismo permitiu a construção de uma nova identidade profissional voltada para as demandas das classes trabalhadoras. Entretanto, conforme Neto (2005), a ditadura militar estagnou o processo de reconceituação na America Latina que já havia 10 anos de efervescência , mas não ficou inconclusivo por uma questão de exaurimento ou esgotamento, e sim por conta da dura repressão que qualquer pensamento