Na atualidade, em que o mundo do trabalho passa por profundas mudanças, essas relações tendem a esgarçarem-se, tendo em vista que acirra-se a competitividade nesse mercado, produzindo duas categorias de trabalhadores: os qualificados e os desqualificados profissionalmente. Os primeiros sofrem uma pressão constante para manterem-se atualizados, enquanto que os segundos encontram-se progressivamente afastados das oportunidades de qualificação e consequentemente com grandes dificuldades para a permanência no emprego, ou para o retorno aos seus postos de trabalho. O Assistente Social é um dos profissionais que poderá estar recebendo a demanda oriunda desses dois pólos, fazendo o atendimento individual, em grupo ou familiar, desenvolvendo ações que tenham como meta restabelecer os vínculos de pertença e evitar a possível exclusão social originária, das situações de vulnerabilidade e conflito. Especialmente, em relação aos trabalhadores que têm suas possibilidades de emprego diminuídas por essas mudanças. A atuação profissional do Assistente Social buscará capacitá-los para o exercício dos seus direitos básicos de cidadania, possibilitdando-lhes o acesso às políticas sociais disponíveis, ou propondo a criação de novos serviços que venham suprir possíveis dificuldades de atendimento a essa população. Essa metamorfose em relação ao trabalho é vivenciada duplamente pelo Assistente Social, que sobre este prisma enquadra-se como trabalhador, devendo ser possuidor das qualidades de empregabilidade exigida pelo mercado. Por outro lado, esse mesmo profissional no exercício da sua profissão, como prestador de serviços sociais, estará recebendo no seu local de trabalho, nas diversas áreas de atuação do Serviço Social, essa nova leva de usuários pertencente à classe que vive do trabalho, mas que não encontra espaço para o exercício da sua cidadania por meio da ocupação profissional. Diante dessa situação há uma maior procura pelas políticas sociais compensatórias com a conseqüente