assistencia socical no sec. xx

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Até o final do século XIX o atendimento à infância era realizado principalmente pela Igreja ou através de ações de caridade. Ao final do século XIX e início do século XX, reflexões referentes às condições da infância são discutidas em meio aos juristas, médicos e advogados. Os discursos foram fundamentados na nova ordem republicana e eugenista, que acreditava que o cuidado para com a infância seria uma das formas de mudar a ordem social e alcançar um projeto de civilização desejado a nova nação. No decorrer do século XX, houve intervenções do Estado com a constituição de novas leis e políticas sociais voltadas ao “menor”, com o objetivo de enfrentar a “ociosidade infantil”, a vadiagem, atender os órfãos, com instituições de acolhimento e recolhimento. O atendimento era focalizado na formação para o trabalho, pois o mundo laboral seria a única forma de “salvar” estas crianças nas concepções vigentes. Nos anos 80, diante da redemocratização do país, após um longo período de ditadura, a sociedade brasileira se organiza na luta pela reestruturação da democracia do país, no anseio da liberdade, dos direitos individuais e também dos direitos sociais. Em 1988 se instituiu a nova Constituição Federal (CF), no qual os direitos da criança e do adolescente também são assegurados. Só a partir da CF (1988) e da regulamentação do Estatuto da Criança e do
Adolescente - ECA - (1990), a legislação reconhece à criança como cidadão e os direitos fundamentais ao seu desenvolvimento, tornando-se prioridade nas ações do Estado. 3 Foi fundamental neste período de mudanças paradigmática a participação das organizações em defesa do direito da infância, contribuindo para que a Nova
Constituição assegurasse os direitos da criança e do adolescente. A implementação das políticas sociais para o atendimento à Criança e ao
Adolescente foi marcada por articulações e histórias de lutas em defesa da infância, que continuam até

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