assistencia social
Marx fez importantes observações sobre as diferentes formas como as sociedades se organizaram historicamente para produzir e distribuir suas riquezas. O tema central dessas observações é o entendimento de que essas formas de organização ocorreram sob uma estrutura que as distinguia das demais e que sofriam importantes variações internas ao longo de seu desenvolvimento. Como exemplo temos as variações e as fases mercantil e industrial de desenvolvimento do capitalismo, e também as próprias mudanças ocorridas na divisão do trabalho. As conseqüências decorrentes desse tipo de demarcação da historicidade do modo de produção capitalista devem ser consideradas como parte de uma preocupação de ordem metodológica para o exame do processo de trabalho nessa sociedade. A análise de situações concretas sobre a organização e os desenlances de certos processos de trabalho deve ser feita tendo como referência os marcos das mudanças e do desenvolvimento do próprio modo de produção no qual se inscrevem.
Hoje, o exame do processo de trabalho do Serviço Social deve ser considerado tanto na dinâmica do setor de serviços (e, particularmente, no campo das políticas sociais e da assistência), quanto no processo de expansão sofrido por esse setor nos últimos anos, dentro da própria fase monopolista de expansão do capital. Também devemos analisar esse mesmo processo de trabalho no bojo das ofensivas neoliberais que reajustam para um patamar mínimo a atuação do Estado no nosso campo teórico-prático de interesse, como também o processo de globalização da economia, que vem alterando e estabelecendo novas relações e processos de trabalho, seja no setor produtivo seja no setor de serviços.
Uma segunda e