Assistencia de enfermagem a criança portadora de câncer
No Brasil, a partir dos dados obtidos do registro de câncer de base populacional, observou-se que câncer infantil varia de 1% a 4,6%. É uma especialidade contemporânea e tem seu corpo de conhecimento e prática em processo de construção
É complexo o processo de adoecimento da criança com câncer e o prejuízo biopsicossocial que afeta a criança, a família e os profissionais envolvidos neste processo. A oncologia pediátrica configura um desafio para os pesquisadores e para a equipe multiprofissional, tanto na prevenção quanto no cuidado paliativo, evidenciando que essas ações ainda representam lacunas na produção científica brasileira.
TIPOS DE CANCER INFANTIL:
O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).
Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).
Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões.
Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado. No