Assimetria de risco
(Asymmetry and Risk Premia in the Brazilian Term Structure of Interest
Rates)
Marcelo Ganem*
Tara Keshar Nanda Baidya**
Resumo
A formacao do prˆ mio de risco na curva de juros brasileira carrega a heranca de uma s´ rie
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e de particularidades que moldaram a evolucao hist´ rica e amadurecimento do mercado de
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o renda fixa local. Uma das caracter´sticas mais significativas da dinˆ mica de juros no merı a cado dom´ stico e a assimetria de retornos, especialmente em eventos de cauda. M´ tricas e ´ e de risco baseadas em m´ dia e variˆ ncia desconsideram momentos de ordem superior que e a eventualmente tˆ m participacao no aprecamento da ETTJ ao longo de seus v´ rios segmene
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¸ a tos. Este artigo explora a influˆ ncia da assimetria na formacao do prˆ mio de risco no Brasil, e ¸˜ e analisando as condicoes de n˜ o arbitragem que provˆ em a forma funcional para a regress˜ o
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a e a do prˆ mio contra duas vari´ veis end´ genas (desvio absoluto de corpo e assimetria de caue a o das). O trabalho e encerrado com uma discuss˜ o sobre a percepcao de riscos no mercado de
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renda fixa brasileiro, e sua relacao com a conducao da pol´tica monet´ ria nos anos de 2003
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¸˜ ı a a 2009.
Palavras-chave: prˆ mio de risco; assimetria de retornos; estrutura a termo de juros; pesquie sa de mercado.
C´ digos JEL: C35; E43; G12. o Abstract
The risk premium in the Brazilian term structure of interest rates is partially driven by some specific defensive behavior following past monetary decisions. Until 2008, the Brazilian
Central Bank has primarily dealt with domestic and external crises by raising the short term rate to restrain capital outflows, generating a well-known asymmetry in the market’s response functions to risk aversion. Therefore, the traditional parameterization of risk based on mean and variance estimators fails to capture the market