Assepsia cirurgica
ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNICA
DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA E CLÍNICAS
DISCIPLINA MEV A33: TÉCNICA CIRÚRGICA VETERINÁRIA
PRINCÍPIOS
DA ASSÉPSIA
CIRÚRGICA
VETERINÁRIA
Prof. Dr. João Moreira da Costa Neto
Emanoel Ferreira Martins Filho
Deusdete Conceição Gomes Junior
Diana Mello Teixeira
Vinícius de Jesus Moraes
Histórico
A cirurgia desde seus primórdios até os dias atuais, nas suas devidas proporções, vem evoluindo eficientemente no combate à infecção no sitio operatório. Na antiguidade a ideia de formar pus no sitio cirúrgico, era benéfica para que se consolidasse a cicatrização dos tecidos - teoria do pus salutar -, sendo observado que a drenagem da supuração fosse indicada para que não houvesse morte do paciente por choque séptico (MARQUES, 2005a)
A ampla utilização da técnica asséptica na cirurgia atual se deu a partir da descoberta do húngaro Ignaz Semmelweis, que no ano de 1840, em Viena, estabeleceu a transmissão da febre puerperal ás parturientes, através das mãos contaminadas dos médicos obstetras que advinham de necropsias, passando então a exigir a lavagem rigorosa das mãos e o banho das mesmas em solução clorada, mesmo sem possuir conhecimento cientifico da existência de microorganismos, obtendo assim redução significativa da incidência de febre puerperal. (MAGALHÃES, CONFORTI, 1993 a, MARQUES, 2005a).
Neste mesmo período estudos indicam que Oliver Wendell Holmes, percebe o mesmo que Semmelweis, que os médicos poderiam servir como fomites, levando doenças para o paciente. Com essa perspectiva, Holmes institui que os médicos que atendessem pacientes com febre puerperal não atendessem pacientes saudáveis ou que pelo menos lavassem suas mãos com cloreto de cálcio e trocassem suas roupas antes de examinar as pacientes (ALEIXO,
TUDURY e POTIER, 2009).
Louis Pauster, na França, século XIX, desenvolve a teoria microbiana da fermentação e putrefação do vinho, publicando sua