assedio moral
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08/01/2014 - 15:58
Assédio moral e metas abusivas ameaçam saúde de bancários
Afetados por terceirização e precarização, trabalhadores do setor tentam limitar abusos. Categoria sofre com alto índice de doenças e suicídios
Por Lisa Carstensen | Categoria(s): Notícias, Reportagens
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Em um contexto marcado por denúncias constantes de assédio moral organizacional, aquele que não é pontual, mas sim sistemático, por afastamentos relacionados a problemas de saúde e até por suicídios, a pressão por metas abusivas é vista por dois em cada três bancários brasileiros como o principal problema enfrentado pela categoria em 2013. É o que aponta consulta feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) com a participação de 37 mil trabalhadores do setor. Dos participantes, 66,4% reclamaram deste ponto específico.
Bancários protestam em São Paulo (Foto: Zé Carlos Barretta/ Flickr)
O novo número só reforça tendência identificada por pesquisadores há alguns anos que está relacionada com o aumento da terceirização e da precarização de condições de trabalho. Em média, segundo dados de estudo publicado em 2009 pela Universidade de Brasília (UnB), há uma tentativa de suicídio por dia no setor bancário brasileiro. Dessas, uma se consuma a cada vinte dias. Os índices são alarmantes e, segundo Cláudia Reina, juíza do Trabalho e mestre em Direitos Fundamentais, Justiça e Cidadania, estão relacionados a esta forma de abuso conhecida como assédio moral organizacional, em que abusos acontecem não em relações individuais, mas pela forma como o trabalho é organizado. “É uma forma de violência invisível que pode levar uma pessoa à morte sem derramar uma única gota de sangue”, diz a juíza, que pesquisa o tema e faz parte do Grupo de Direitos Humanos e Saúde Helena Besserman.
Cláudia Reina defende que é preciso aumentar o conhecimento sobre o problema, melhorando o registro de dados,