Aspectos éticos: refletindo sobre o caso Enron
Não se pode afirmar quais foram os reais motivos do trágico naufrágio (no documentário a empresa é comparada com o Titanic), no entanto, a prática de fraudes e manobras contábeis que culminaram no prejuízo de milhares de pessoas, certamente foi influenciada pela economia do mercado. Nesse sentido, todas as atitudes dos administradores demonstram a fragilidade do sistema contábil e de auditoria.
Assim, o que mais chama a atenção, nessa situação, que mais parece roteiro de filme de ficção, é a visibilidade da falta de ética dos profissionais, através da postura adotada diante da empresa. Como é relatado no documentário, o que era para ser infalível, graças à maliciosa e desonesta forma como fora administrada, faliu em dezembro de 2001, deixando cerca de R$ 180 bilhões e muitos escândalos corporativos.
Contudo, por meio de um esquema fraudulento de “maquiagem” contábil a Enron, manipulou seus balanços financeiros, com a ajuda de empresas e bancos, e escondeu dívidas de US$ 25 bilhões por dois anos consecutivos, tendo seus lucros inflados artificialmente. A consequência de tal fraude, foi a perda de capital milhares de acionistas, o rombo nos fundos de pensão dos funcionários que investiram na empresa, além do desemprego de cerca de 21.000 pessoas e uma dívida de aproximadamente US$13 bilhões. Apresenta-se no documentário que o legado da Enron está baseado no fato de, em 1992, Jeff Skilling, então presidente das operações comerciais da Enron, ter convencido fiscais federais a permitirem a utilização de um método contábil denominado "Mark