Aspectos motivacionais e estratégicos na internacionalização de empresas brasileiras
O artigo propõe uma discussão acerca do comportamento internacional de firmas sob duas perspectivas teóricas: a motivacional e a estratégica. O empreendedorismo e o estímulo à exportação são fatores que impulsionam a firma ao caminho da internacionalização. As características individuais, organizacionais e ambientais são fatores que motivam a exportação.
Leonidou afirma que existem estímulos internos e externos que motivam a exportação. Os motivos internos são as características organizacionais. Os motivos externos são, de acordo com Leonidou: "recebimento de ordens eventuais do mercado internacional, saturação/retratação do mercado doméstico, intensificação da competição no mercado doméstico, oportunidade de lucro e crescimento no mercado internacional e incentivos de agentes ou organizações externos". Acredita-se que a principal motivação para a internacionalização de uma firma sejam as oportunidades oferecidas pelo mercado internacional.
Já Melin acredita que o processo de formação estratégica envolve perspectivas de mudança ou posicionamento da firma no mercado. A internacionalização é considerada como uma atividade que amplia o envolvimento da firma com operações. Smith e Zeithaml seguem a mesma linha de raciocínio, já que tratam a internacionalização como uma atividade que leva a firma a expandir suas operações além dos limites domésticos, e destacam a importância de um posicionamento no mercado internacional.
Existem dois modelos de estratégias seguidos pelas empresas: as deliberadas e emergentes. As deliberadas são planejadas, controladas pela gerência, enquanto as emergentes são consideradas padrões.
Katsikeas e Piercy sugerem que firmas maiores tenham uma capacidade superior de percepção de sinais associados ao mercado internacional, e de se obter um resultado positivo, já que estas firmas possuem mais recursos e possibilidades de ingressar em mercados distantes.
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