Aspectos Lúdicos e Recreativos na Escola
Diante deste tema, que a primeira vista se observa com um olhar raso, parece um só. Faz-se necessário um breve panorama da importância, para nós docentes, destes dois ingredientes fundamentais no processo ensino aprendizagem. A recreação pode ser uma atividade tanto física quanto mental, a qual o indivíduo é levado pelo interesse, como forma de satisfazer suas necessidades físicas, intelectuais, morais, emocionais e sociais, tendo como principal resultado o prazer. O lúdico por sua vez, é o cunho que será impresso em qualquer atividade ou mesmo em nada fazer, ficar parado, relaxado de forma positiva e opcional. Daí a importância de lançarmos mão do lúdico em nosso cotidiano escolar, para que o aprender seja algo prazeroso e natural, divertido, alegre e tão necessário ao ato de ensinar. O lúdico é um modo de encararmos a vida, que quando impreguina nossas ações, nossos projetos e nossa didática, se transforma em uma arma poderosa de ensino, e segundo Gilberto Freire (2006, p 34) “Quem desfruta ludicamente o tempo, brinca com o tempo no sentido de gozá-lo, recriando-se, quando não criando”.
Diante desta frase que sintetiza tão bem a importância de uma recreação lúdica na educação escolar, é preciso rever a forma como a recreação ainda é encarada no ambiente escolar, que continua a privilegiar, muitas vezes a recreação juntamente com a cobrança pelo rendimento, em detrimento da valorização de produções de nossa cultura corporal, como os jogos e as atividades livres.
Muitos pesquisadores têm dedicado esforços, no sentido de organizar as diversas formas de abordagens, com o intuito de transformar a recreação lúdica em instrumento precioso no processo ensino aprendizagem. Para Marcelino (1987, p. 30) a ludicidade na escola facilita a convivência entre os alunos, e entre os professores e alunos. Numa atividade espontânea encontram também os professores excelentes ocasiões para observar as reações de seus alunos e conhece-los mais intimamente.