aspectos imunológicos dos mosquitos

3914 palavras 16 páginas
Aspectos do sistema imunológico dos
Pesquisa

INSETOS

Cleonor Cavalcante A. da Silva
M. Sc. Pesquisadora da Embrapa
Recursos Genéticos e Biotecnologia cleonor@cenargen.embrapa.br Fotos cedidas pela autora

Novos discernimentos e perspectivas s insetos ocupam quase todos os nichos ecológicos e estão constantemente expostos ao ataque de inúmeros inimigos naturais, muitos dos quais são potencialmente patogênicos. Para sobreviver a esses ataques, os insetos desenvolveram um eficiente sistema de defesa. O tegumento, o sistema respiratório, composto pelos espiráculos e as traquéias, e o trato digestivo, incluindo a membrana peritrófica e o epitélio, constituem a primeira linha de defesa dos insetos (Dunn, 1988). A estrutura e a composição química da cutícula representam, provavelmente, as principais barreiras. Somente alguns fungos e nematóides conseguem quebrar essa barreira. Na passagem da cutícula para a hemocele (cavidade do corpo), esses microorganismos encontram vários componentes antimicrobianos, como proteínas, lipídios, hidrocarbonetos, difenóis, carboidratos, quitina e melanina, os quais inibem o crescimento e a penetração na hemocele
(Dunn, 1988). No bicho da seda, Bombyx mori, lipídios na epicutícula inibem a invasão de fungos como Beauveria bassiana (Saito e Aoki, 1983) e danos na cutícula estimulam a síntese de peptídios antibacterianos pelas células epidérmicas (Brey et al., 1993).
Bactérias, vírus e protozoários geralmente não conseguem invadir a hemocele dos insetos via tegumento, contudo, se essa barreira for danificada, bactérias oportunistas, que vivem na superfície da cutícula, podem penetrar na hemocele. Trabalhos realizados com a mosca-das-frutas Ceratitis capitata mostraram que proteínas na cutícula são responsáveis pelo reconhecimento e eliminação de bactérias que podem infectar as larvas quando estas abandonam os frutos e caem no solo para empupar (Marmaras et al., 1993).
Acidentalmente, os insetos sofrem

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