Aspectos históricos do período de 1940 a 1960
Desde 1940 a questão social passa por grandes transformações no Brasil, especialmente a partir do final da II Guerra Mundial. A aceleração industrial, as migrações do campo para a cidade, o intenso processo de urbanização, aliados ao crescimento das classes sociais urbanas, especialmente do operariado, vão exigir novas respostas do Estado e do empresariado às necessidades de reprodução da vida social nas cidades.
É neste contexto da Ditadura de Vargas, o momento de legitimação e institucionalização do Serviço Social. Esse período representou o momento em que a profissão pode romper o estreito quadro de sua origem no bloco católico e instaurar-se como uma categoria assalariada, fortemente atrelada às políticas sociais implementadas pelo Estado.
O capitalismo logo foi visto como algo necessário para o desenvolvimento da sociedade, e como consequência, foi o agravamento da questão social. É ainda neste período que se instala a política de boa vizinhança instaurada pelo Brasil e Estados Unidos. Nesta época, o Serviço Social brasileiro sofre fortes influências de Mary Richmond, com procedimentos do Serviço Social de Caso, Grupo e Comunidade (o Brasil bebe na fonte da psicanálise, bem como da sociologia de base positivista e funcionalista/sistêmica. Sua ênfase está na ideia de ajustamento e de ajuda psicossocial).
Durante a década de 1950 e início da década de 1960, o Serviço Social incorpora a política desenvolvimentista de JK no ensino, melhorando a formação de seus profissionais em nível: Auxiliar, Graduação e Pós-Graduação.
O período de 1940 a 1960 é conhecido como “período de ouro” para algumas pessoas, pois foi neste período que teve a criação da ABESS (Associação Brasileira das Escolas de Serviço Social), ABS (Associação Brasileira de Assistentes Sociais), a criação do código de ética, a regulamentação do ensino em 1954, o reconhecimento da profissão em 1956, entre outros avanços para o fortalecimento do