Aspectos históricos da epidemiologia

Aspectos Históricos da Epidemiologia
Especula-se que a epidemiologia tenha nascido com Hipócrates, por causa da maioria dos textos sobre epidemias e enfermidades escritos por ele, anteciparem todo o pensamento epidemiológico.
Naquela época, havia uma divergência entre a medicina coletiva e individual. Por causa da oposição das filhas do deus Asclépio: Panacéia, que utilizava a medicina curativa, através de práticas terapêuticas, intervenções em doentes, encantamentos e o uso de medicamento. E Higéia, que preconizava ações preventivas, buscava a harmonia entre os homens e o ambiente. Os pensamentos de Panaceia foram utlizados, pelos primeiros médicos na Roma antiga. Eram em geral escravos gregos de grande valor monetário, que receitavam remédios para alguns doentes. Contudo, a maior contribuição romana para a epidemiologia, veio por meio do Imperador Marco Aurélio, que começou a registrar nascimentos e óbitos, que mais a frente ficaram conhecidos como “estatísticas vitais”. Muitos autores concordam com o fato de que o século XIX, foi um grande momento que se estabeleceram as bases para a epidemiologia que há hoje em dia. Nesta época, na França, as pessoas viviam em ambientes poluídos, em péssimas condições. Tudo isso por consequência da revolução industrial. Foi nesta época que se consolidou a primeira era da epidemiologia moderna, com seu paradigma “miasma”. Modelo este que preconizava que as doenças eram adquiridas através de do ambiente, de coisas provenientes do solo, do ar, da água. Ao final do século XIX, se inciaram as doenças infecciosas, com seu paradigma “germe”, que durou até meados do século XX. Louis Paster teve grande destaque nesta época, por demonstrar que organismos eram agentes de epidemias. Na teoria do germe, as doenças eram apenas causadas por germes, mas este modelo unicausal tornou-se insuficiente, e foi desenvolvida a teoria ecológica das doenças infecciosas, onde havia interação do agente da doença com o hospedeiro em ambiente