ASPECTOS ECON MICOS
A avaliação econômica de um projeto de usina maremotriz deve ponderar tantos aspectos diretos quanto indiretos. Entre os aspectos diretos estão os custos de construção, operação e manutenção da usina, além dos benefícios promovidos pela própria geração de eletricidade. Os aspectos indiretos estão relacionados aos impactos ambientais e sócio-econômicos associados á usina. O desenvolvimento de atividades turísticas no entorno da usina e a utilização da barragem como via de acesso rodoviário são exemplos de benefícios indiretos.
Além de a fonte primária ser virtualmente inesgotável, os custos associados à operação da usina são mínimos, portanto, os investimentos em construção e operação podem ser facilmente recuperados através de "economia em combustíveis".
Ao contrário de outras fontes energéticas, a geração maremotriz está livre de alguns problemas tais como: emissões de gases poluidores, poluição da água, derramamentos de óleo, produção de resíduos. Embora sejam primordialmente ambientais, estes aspectos também devem ser observados sob o ponto de vista econômico em quaisquer projetos de geração de energia. Além disso, a vida útil de uma usina maremotriz pode chegar de duas a três vezes a de uma térmica ou nuclear [3].
A viabilidade econômica de uma planta maremotriz está bastante atrelada às demais fontes energéticas também disponíveis. A energia maremotriz pode ser bastante competitiva se compara àquela proveniente de usinas a carvão, entretanto, esta competitividade é reduzida se compara às hidrelétricas convencionais. Portanto, o custo da geração maremotriz e consequentemente a sua viabilidade, varia de um país para outro, de acordo com as condições energéticas, sociais e ambientais diversas. O Japão, por exemplo, produz eletricidade a baixos custos a partir de fontes nucleares e térmicas a gás e a óleo. Uma usina maremotriz produziria eletricidade a um custo de 3 a 4 vezes maior, o que a tornaria não-atrativa.
A construção de uma barragem