Aspectos Basicos De Ancoragens
ASPECTOS BÁSICOS DE ANCORAGENS
A utilização de obras ancoradas em solo ou rocha é atualmente bastante empregada no Brasil, seja na execução de estruturas de contenção quanto na estabilização de taludes e encostas em solo ou rocha.
A ancoragem é basicamente constituída por um ou mais elementos de aço protegidos contra a corrosão (barras, fios ou cordoalhas genericamente designadas como tirantes) capaz de suportar esforços de tração e de transmiti-los ao solo através da interação com o bulbo, este formado por injeção de calda de cimento
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0115491/CA
sob pressão e fixado ou ancorado na região estável do maciço. O bulbo não deve romper-se por arrancamento e tampouco sofrer deformações demasiadas sob a ação de cargas de longa duração (fluência), com uma margem de segurança adequada. Pela NBR-5629, os valores do fator de segurança contra o
arrancamento devem ser no mínimo 1,75 (para tirantes definitivos) e 1,5 (tirantes provisórios), enquanto que ao menos 1,5 contra a fluência.
O trecho que liga a cabeça (extremidade do tirante fora do solo) ao bulbo é conhecido como trecho ou comprimento livre que, pela norma brasileira NBR5629, não pode ser inferior a 3m.
O diâmetro do furo é cerca de 10 a 15cm, dependendo da montagem do tirante, de modo que sua instalação não encontre resistência e seja assegurado o recobrimento mínimo de 2cm do aço na região do bulbo.
2.1.
Partes do tirante
2.1.1.
Cabeça
Suporta a estrutura, possuindo os seguintes componentes principais: placa de apoio, cunha de grau e bloco de ancoragem.
A placa de apoio tem como função à distribuição da carga do tirante (figura
2.1) e é normalmente formada por chapas metálicas (uma ou mais) de tamanho
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conveniente para transmissão de tensões de compressão aceitáveis sobre a estrutura de contenção.
A cunha de grau é um elemento empregado para permitir o alinhamento adequado do tirante em relação à sua cabeça, sendo normalmente constituído por um cilindro ou chapas