asma e DPOC

Caracterização dos internamentos por asma e DPOC no Hospital S. João entre 1997 e 2002
Castro T., Fonseca R., Marques T., Melo V., Santos T.

Introdução:

No âmbito da disciplina de Introdução à Medicina do 1ºano do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) foi realizado o trabalho de grupo subordinado ao tema “Caracterização dos Internamentos por Asma e doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) no Hospital de S. João (HSJ) entre os anos de 1997 e 2002”. Antes de se proceder à análise da questão em si, interessa clarificar os conceitos de Asma e DPOC.
Asma e DPOC são doenças do aparelho respiratório com definições distintas. Asma pode ser definida como uma doença crónica das vias aéreas respiratórias caracterizada por dois componentes principais: constrição (contracção dos músculos que envolvem as vias aéreas) e inflamação (inchaço e irritação das vias aéreas). Estes dois componentes conjugados provocam tosse, dispneia, pieira e aperto torácico geral, entre outros sintomas. Se a doença não for controlada pode, a longo prazo, causar um declínio da função pulmonar. Afecta 5 a 10% da população, e a incidência, a prevalência e a taxa de mortalidade têm vindo a aumentar nos últimos anos [1]. Entre 19 a 36% dos doentes que se apresentam no SU com asma aguda necessitam de internamento hospitalar, além do tratamento convencional [1]. As crises de asma podem ser ligeiras, moderadas, graves ou associadas a falência respiratória. Os sinais de gravidade são dispneia em repouso, incapacidade de falar, cianose, pulso paradoxal, uso dos músculos acessórios da respiração, DEMI (débito expiratório máximo instantâneo) inferior a 30% do valor teórico, e insuficiência respiratória. A terapêutica convencional, no SU, utiliza b-agonistas inalados, corticosteróides sistémicos, brometo de ipatrópio inalado, oxigenoterapia e, por vezes, aminofilina intravenosa.
Por outro lado, a DPOC é caracterizada por uma redução do fluxo de ar nos pulmões, sendo