asfixia
INTRODUÇÃO
A respiração normal é um processo físico-químico, no qual o oxigênio do ar inspirado passa através da membrana alveolar (osmose) e sofre uma reação química combinando-se com a hemoglobina do sangue nos pulmões. Para que a respiração normal se processe é necessário que o ar atmosférico seja composto de aproximadamente 21% de Oxigênio, 78% de Nitrogênio e 1% de todos os outros gases; qualquer alteração desta composição ou um dos gases isoladamente poderá levar a uma dificuldade respiratória ou mesmo à morte. Além da composição ideal do ar atmosférico, para que a respiração se processe, também é preciso que:
O parelho respiratório esteja livre, desobstruído e funcionante, tanto a sua parte condutora (narinas, coanas, traquéia, brônquios principais, secundários e terciários), como a parte respiratória propriamente dita, ou seja, os pulmões;
Não haja compressão do tórax ou do abdome para que os pulmões possam expandir-se em todas as direções; O arcabouço ósseo do tórax esteja íntegro e que tenha flexibilidade;
A musculatura intercostal e o músculo diafragma estejam funcionantes;
O volume sanguíneo seja adequado para o transporte do oxigênio para os tecidos;
A pressão atmosférica compatível com a fisiologia respiratória.
CONCEITO DE ASFIXIA O termo asfixia deriva do grego (a sphysxis) e significa literalmente sem pulso ou ausência de pulso. Clínicamente, os termos mais corretos a serem adotados seriam: hipóxia - quando há pouco oxigênio circulante no sangue e anóxia, quando ocorre ausência do mesmo, desde que não seja consequente a uma ação externa e violenta. Porém, devido à consagração do uso, adota-se o termo asfixia. Em medicina legal, Asfixia é a síndrome caracterizada pelos efeitos da ausência do oxigênio no ar respirável por impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e externa em circunstância as mais variadas. Ou a perturbação, completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou interna do oxigênio.