Asfalto
Do antigo acádico, “asphaltu” ou “sphallo”, que significa esparramar, sendo utilizado desde então para colar, revestir e impermeabilizar. Escavações arqueológicas e manuscritos bíblicos apontam a utilização de materiais betuminosos em impermeabilizações, como material aglutinante em trabalhos de construção e alvenaria. Da Mesopotâmia aos povos egípcios, que o utilizavam em suas mumificações, sarcófagos, pirâmides e até em óleos aromáticos. Os chineses também empregaram betuminosos para proteger a Grande Muralha da China. O cientista russo Mikhail Lomonossov, em 1757, postulou através de estudos e experimentos, teorias acerca da formação do petróleo, determinando que esta se daria de maneira biogênica, isto é, devido à ação de bactérias na decomposição da matéria orgânica, agregadas a alta pressão e condições de temperatura, gerando compostos líquidos e gasosos num processo denominado catagênese. Tais compostos ficam soterrados em camadas diversas de sedimentos, até findar seu caminho, onde encontra seu local de acúmulo, uma bacia, protegido por uma rocha permeável, rocha reservatório, em um processo de milhares de anos. Teremos então, a matéria prima do asfalto. O asfalto como conhecemos atualmente, empregado principalmente na pavimentação de ruas, é obtido nas torres de destilação fracionadas de petróleo, onde o líquido viscoso extraído das rochas será submetido a níveis distintos de temperatura, onde em cada nível, teremos um material, como por exemplo, gasolina, querosene, óleo diesel etc.. Na base desta torre, após cozimento do petróleo cru, em torno de 600°Celsius, obteremos asfalto, podendo ser também empregado em sua forma natural. Sendo assim, o asfalto é um composto de hidrocarbonetos pesados, não voláteis, com características moleculares que dependem da origem do petróleo e do processo de sua obtenção. No Brasil, existem duas modalidades de refino para este material, podendo ser destilado à vácuo ou desfaltação pela ação de solventes. Dos