Ascenção do açucar brasileiro
Instituto de Ciências Humanas - ICH
Disciplina: Oficina de História II
Fonte: BLACKBURN, Robin n. A ascensão do açúcar brasileiro. IN: A construção do escravismo no Novo mundo.
Profª: Mônica Ribeiro de Oliveira e Luiz Antonio
Tema: “Novo mundo, Produção do açúcar e escravismo”
A tentativa frustrante da França em criar uma colônia no novo mundo (France Antarctique) teve no indígena uma grande importância na sua inoperância, pois os costumes indígenas eram interpretados com uma visão diferente do cotidiano europeu, sendo taxados de diversos signos, esses fatores foram de certa forma, assimilados pelos portugueses ao longo do processo da produção do açúcar no Brasil, escravizando os indígenas que estivessem envolvidos em revolta ou praticassem canibalismo, com o passar dos tempos os costumes indígenas foram interpretados na visão cristã tornando os nativos menos susceptíveis a escravidão.
Com a produção de açúcar, das ilhas atlânticas, em declínio o nordeste do Brasil produziu um campo favorável para a cultura da cana-de-açúcar, somado a administração voltada para o uso de mão-de-obra escrava com inovações de técnicas na produção, neste contexto Portugal gerou grandes somas para sua economia, que no século XVI equipara ao valor da prata espanhola. Para atingir esse nível de organização o escravo africano se tornou uma peça fundamental sendo capturados e comercializados, tornando o tráfico negreiro rentável para muitos estados e chefes tribais, sendo criada uma rede de influências, contudo Portugal não teve o total monopólio, pois se encontrava nas mãos de particulares. O Fornecimento de escravo a América espanhola, através dos asientos, inflacionou o preço do negro e desta forma tornou-o ainda mais rentável.
Fica evidente que nas colônias portuguesa e espanhola o uso da mão-de-obra escrava serviu de meio para que as metrópoles mantivessem os privilégios e o poder, que alimentassem uma rede de comércio com outros estados