Ascensão e queda da “era collor”: tópicos de uma análise política
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. O CAÇADOR DE MARAJÁS 5
3. AS PRIMEIRAS DENÚNCIAS DO IRMÃO PEDRO COLLOR 6
4. A INVESTIGAÇÃO DAS ACUSAÇÕES 8
5. AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES 9
6. AÇÃO DOS CARAS PINTADAS 10
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ASCENSÃO E QUEDA DA “ERA COLLOR”: TÓPICOS DE UMA ANÁLISE POLÍTICA
RESUMO
Este artigo aborda a questão da participação dos Caras pintadas durante o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, buscando vislumbrar seu real valor durante as situações vividas na época do processo movido contra Collor. Relatamos os acontecimentos da época, desde a eleição que elegeu o primeiro presidente eleito pelo voto livre e direto desde o período da Ditadura Militar, bem como os acontecimentos que levaram ao processo contra Collor, e relacionando com o atual período vivido pelo presidente Lula, que foi o principal opositor e combatente do ex-presidente Collor de Mello.
Palavras-chave: Collor. Memória. Marajás. Caras-Pintadas.
1. INTRODUÇÃO
Da eleição para presidente em 1989 a outubro de 1992, o Brasil passou por uma fase de intensa mobilização política. Sendo esta a primeira eleição direta para presidente da República desde a instauração da ditadura militar no país, a campanha iria representar a expectativa do eleitorado, da classe política e da imprensa que vislumbravam a escolha de um governo que, enfim eleito pelas urnas, seria capaz de impulsionar as mudanças que a sociedade esperava.
Com a mesma mobilização e entusiasmo já visto nas campanhas notabilizadas pelo desgaste que promoveram ao regime, a exemplo a campanha pelas Diretas Já, os militantes dos partidos políticos, movimentos sindicais, entidades civis e grupos religiosos se mobilizaram em torno das diferentes candidaturas e ocuparam as ruas com panfletagem, passeatas e comícios.
Um dos candidatos ocupou o espaço proporcionado pela mídia com um discurso