As Viagens de Gulliver
Na segunda parte, Gulliver conheceu Brobdingnag. Em contraposição a Liliput, na terra de Gigantes é que Gulliver percebe a Dimensão da mediocridade da sociedade inglesa diante da "grandeza" dos habitantes.
Já na terceira parte Na ilha Flutuante de Laputa, Swift criticou a Royal Society, a administração inglesa na Irlanda e a imortalidade, através da descrição dos habitantes dos países por onde Gulliver passou, com alienados cientistas, é uma feroz crítica ao pensamento cientifico que não traz benefícios para a humanidade.
Na última viagem Gulliver encontrou os Houyhnhm, uma raça de cavalos que possuía muita inteligência, que representavam os ideais iluministas da verdade e da razão. Os Houyhnhm temiam que alguém dos yahoos (uma raça imperfeita de um tipo de "humanos") movidas por instintos primitivos, se tornasse culto, satirizando a raça humana. Gulliver vê a humanidade como yahoos e toma nojo do ser humano.
Por fim Gulliver regressou a Inglaterra para ensinar aos outros as virtudes que aprendera com os Houyhnhm.Quem lê pela primeira vez a versão original de Viagens de Gulliver, tendo como pano de fundo uma vaga lembrança de adaptações infantis, espanta-se ao constatar que tem nas mãos um dos textos mais amargos do cânone ocidental.
Como observa George Orwell no prefácio incluído nesta edição, o livro de Jonathan Swift, apesar de todo o seu ressentimento e misantropia, é uma obra deliciosa, que permite vários níveis de leitura. É primeiro um livro de viagens - ou melhor, uma sátira aos livros de viagens, tal como Dom Quixote é, entre outras coisas, uma sátira aos romances de cavalaria; para as crianças, é uma história de