As velas na maçonaria
Um dos propósitos da Expedição a Portugal além das visitas e intercâmbios com Irmãos Lusitanos foi disponibilizar aos integrantes materiais para que os mesmos desenvolvessem Pranchas de Arquitetura e apresentassem em suas Lojas, ocupando o Quarto de Hora de Estudo, afinal todos nós somos responsáveis pela qualidade dos trabalhos das Oficinas.
Na visita a Biblioteca do Grande Oriente Lusitano, tiveram acesso a documentos e livros raros, no Museu Maçônico, permitiram até que eles tirassem fotos e também tiveram a oportunidade de comprar livros maçônicos. Sem contar que foram agraciados pelo Irmão António Lopes com exemplares do seu livro “A Maçonaria Portuguesa e os Açores”. Nesta oportunidade tive contato com a Revista Grêmio Lusitano, que na verdade pela qualidade gráfica e de conteúdo, esta mais para um livro do que uma revista são 96 páginas de beleza e cultura únicas. Foi justamente no exemplar de número 15 que encontrei o mais perfeito trabalho sobre as Velas na Maçonaria, o autor é o Irmão Manuel Pinto dos Santos.
Há anos defendo que certas “modernidades” não são adequadas aos trabalhos maçônicos. A Loja ter iluminação elétrica, tudo bem, mas substituir as velas dos altares ou dos tocheiros por lâmpadas É PROFANAÇÃO. Vejam quão profundo é a manifestação do autor: “O ritual do acender as velas, ou seja, de dar a “Luz” ao Templo, tornando-o um espaço sagrado é de enorme complexidade e que tem inúmeras variantes conforme Ritos e dentro de cada um deles, conforme as opções filosóficas adotadas. Assentemos neste princípio simples: a vela representa o instrumento através do qual o espaço da Loja se transforma em Templo.
Este axioma leva a que a prática ritual do acender as velas seja de uma dignidade, espiritualidade ou esoterismo, ou mesmo metafisismo, conforme o ponto de vista em que se colocar que ela tem de ser particularmente sentida por cada um e pelo coletivo do grupo.”
O artigo é todo interessante, e não tenho como