as vantagens de ser visivel
Já passei faz algum tempo da adolescência, mas acabei me identificando, não com um personagem específico, mas reconhecendo um pouquinho de cada, relembrando algumas histórias. Depois (sempre tem um depois) eu tive a grata surpresa de assistir ao filme que tem a participação de Emma Watson, eterna Hermione (Harry Potter) e do incrível Ezra Miller, o sombrio Kevin, de “Precisamos falar sobre Kevin”. Aliás, precisamos falar sobre Kevin num próximo texto.
Stephen Chbosky soube discutir através de Charlie, um adolescente de 15 anos, drogas, sexo, sociabilidade, transtornos psiquiátricos, abuso, relacionamento familiar, ambiente escolar, enfim, tudo o que envolve o universo dos mais variados tipos de adolescentes.
O livro é todo escrito em formato de cartas, que Charlie envia a um amigo desconhecido. Charlie é viciado em leitura e desenvolve uma amizade com o seu professor de inglês que o incentiva ao hábito, ajudando-o a desenvolver sua escrita. Aqui fica marcado um ponto sensacional do livro: Chbosky usa esse artifício também na forma como escreve o livro. Se no começo o texto parece meio solto e hesitante, no decorrer da história a escrita de Charlie vai melhorando, ele passa a organizar melhor as ideias e narrar de forma mais clara os acontecimentos.
Sobre o personagem: Charlie é um adolescente dos anos noventa que sofre pelo suicídio do melhor (e único amigo) e a morte de sua tia quando era criança. Ao entrar no ensino médio ele decide que não pode mais viver isolado e tenta se aproximar dos outros meninos e meninas da sua idade. No entanto, Charlie é extremamente tímido e não sabe muito bem como se inserir em novos grupos.
Por fim, eu acabei me sentindo o amigo desconhecido de Charlie, a quem ele confidenciava tudo, mas eu sem um endereço, só podia ler e