As Utopias Medievais Resenha
Após o autor nos dar os conceitos necessários de cada termo para compreendermos a obra – exemplo disso são os conceitos de utopia, mito e ideologia, falados no inicio do livro – ele inicia o primeiro capitulo com a utopia da abundancia: a Cocanha. País imaginário criado na Idade Média, que surge da preocupação do homem medieval com a constante ameaça da fome. Essa terra, nunca falta alimentos, os rios são feitos de vinho e doces caem do céu, e as mulheres eram belas e amores eram livres. O autor diz ao fim deste: “Quem usa palavras de sonho e de esperança mantém certo domínio sobre os fatos. Esse é o poder das utopias.” (pág. 49).
E com esse poder utópico, damos inicio ao segundo capitulo, onde se é destacada a utopia da justiça: o Milênio. Neste trata a vinda de um Cristo, que com a chegada deste, viria acompanha uma grande fartura e justiça para os humildes e sofredores. Na cabeça do homem medieval a expectativa de uma era de justiça, paz e fartura eram grandes, como cita o autor: “O maná cairá novamente do céu. Desapareceram as enfermidades, a angustia, as dores, as lutas, as paixões, as invejas e os ódios. As mulheres pariram sem dor, as feras se tornaram animais domésticos, o trabalho não cansara. Acabado esse reino messiânico, ocorrerão a