As três fases que antecederam a coroação de davi
Após um longo período histórico, os israelitas chegaram à conclusão definitiva de que, a solução nacional se daria subseqüentemente à mudança do sistema governamental. Eles estavam insatisfeitos com o seu líder Samuel e, principalmente, com seus herdeiros sucessores Joel e Abias. Neste período, Samuel já estava com setenta anos de idade e com os conflitos externos o povo se sentia inseguro e temia fortes adversários, dentre eles os principais eram os filisteus, que segundo os historiadores, “controlavam a distribuição de ferro, evitando que os israelitas viessem a possuir armas úteis” (Wiclffe p.802).
Ora, era o plano de Deus a implantação de uma monarquia a Israel, assim como foi predito por Moisés “... porás certamente sobre ti como rei aquele que o Senhor teu Deus escolher...”, porém isto deveria se cumprir no tempo de Deus, que ainda não era o momento. Mas a questão fundamental nesta rejeição é a obstinação do povo israelense em ter um espírito antiteocrático, embora a justificativa maior para tal questão seja a conivência de Samuel para com os atos de seus filhos, pois estes “...se inclinaram a avareza, e tomaram presentes, e perverteram o juízo...”. Deus por ser longânimo e pacífico deu-lhes um capitão, o qual ao ser apresentado disse povo: “Viva o Rei”.
Tiveram que ser responsáveis pela escolha, foram avisados mas, não deram ouvidos, como de fato não fugiram da conseqüência predita. Quanto ao escolhido, como vemos, foi Saul e o propósito desta unção foi: (1) dedicá-lo a Deus para a tarefa especial à qual foi vocacionado, (2) conferir-lhe graça eficaz e dons para a tarefa que lhe foi atribuída.
É importante notar que, de Samuel a Saul ocorreu uma transição, que por sua vez não outorgava ao novo monarca poderes absolutos, condição esta pertencente unicamente a Deus. O mesmo deveria ser um rei teocrático, submisso a Deus como o supremo soberano do povo. Já ao se tratar de mudança, esta ocorreu no sistema. Exemplo: Os juízes eram