As transformações no mundo do trabalho na sociedade contemporânea
Desde o advento do capitalismo, com a separação da propriedade dos meios de produção e da força de trabalho, que engendrou uma verdadeira revolução econômica, o processo de acumulação do capital vem forjando novas técnicas cada vez mais eficientes, a fim de maximizar os lucros e minimizar os custos.
A criação e consolidação do modo de produção capitalista e toda a transformação social que acarretou resulta do desmonte do feudalismo que se desenvolveu, ao longo do tempo, a partir da infra-estrutura (estrutura econômica da sociedade – relações de produção). Todavia, como marco da mudança da superestrutura jurídica e política (Estado) pode ser indicada a Revolução Francesa, através da qual foi institucionalizado, em oposição ao absolutismo, o liberalismo – suporte ideológico do qual necessitava o capitalismo para promover a transformação social.
Essa ideologização do liberalismo transforma o trabalho em categoria social central, em razão da reestruturação levada a efeito na sociedade com este novo modo de produção. O liberalismo fundamenta o direito de propriedade no trabalho. Nos modos de produção anteriores, o trabalho possuía uma carga negativa – na antiguidade era relacionado à escravidão, no medievo, ao castigo. Agora, assume um caráter positivo, porque todos os indivíduos deveriam trabalhar para serem remunerados e prover sua subsistência.
Alguns anos após a Revolução Francesa, formam-se as condições necessárias para a Primeira Revolução Industrial, que incorpora ao processo produtivo as primeiras máquinas capazes de executar tarefas antes atribuídas exclusivamente ao homem, acarretando, como conseqüência, o aumento da produtividade.
Com esta revolução a apropriação da força de trabalho se completa com a transferência do domínio humano sobre os processos produtivos para as máquinas.
A utilização da ciência como técnica produtiva sustentou a Segunda Revolução Industrial, no início do século