As transformações do mundo contemporâneo
A conferência é muito boa, porém, tenho algumas críticas.
A ideia do amor à família defendida pelo L.Ferry me parece bastante individualista. Além disso, pergunto-me sobre o conceito de amor e sacrifício pelo homem, de acordo com o pensamento do filósofo francês.
Não consigo enxergar nas teorias de L.Ferry o amor pelo diferente, pelo imigrante; percebo que o amor de Ferry como exclusivista – família, iguais, próximos (ocidentais civilizados com poder de consumo) – o que, a meu ver, não seria amor mas uma espécie de autodefesa. E, a ideia de ecologia (preocupação com o futuro) colide frontalmente com o consumismo, o que não foi comentado por Ferry, embora ele toque em diferentes momentos nestes pontos.
Como conciliar o crescimento econômico (indispensável ao capitalismo), que depende do consumo sempre crescente de bens (maravilhosos, como disse Ferry) com a ideia de preservação para o futuro, mas me pareceu um tanto inadequada sua fala (que foi logo no início) de “Guerra Humanitária”.
Enaltecia a França por lutar contra Gadaffi, em favor de um povo oprimido. Aqui não vai nenhum sentimento favorável ao ditador Libanês, mas me parece uma balela falar em “Guerra Humanitária” quando sabemos que há interesses muito mais profundos que a situação humana dos Libaneses.
Convém, não se esquecer que ele fez parte de um governo de direita, trincheira, no qual ele politicamente, se acomoda.
Chamar de assassino um governante que deus à Líbia o mais alto IDH, do norte da África, revela o seu engajamento às guerras humanitárias, que foram começadas por Bush e agora segue com Obama. As causas dessa guerra são escusas, e não há nada de humanitária.
Afinal, falar sobre o contemporâneo é uma tarefa realmente muito difícil.
1 Bibliografia
Café Filosófico, Filme As Transformações do Mundo Contemporâneo com Jorge Forbeis e Luk