As teorias éticas
Existem duas teorias éticas: * Ética da convicção, entendida como deontologia (tratado dos deveres); * Ética da responsabilidade, conhecida como teleologia (estudo dos fins humanos).
A Ética da Convicção
De forma simplificada a ética da convicção diz: “cumpra suas obrigações” ou “siga as prescrições”. Ela descarta os meios-tons não tolera incertezas. É uma teoria que pauta por valores e normas previamente estabelecidos, cujo efeito primeiro consiste em moldar as ações que deverão ser praticadas.
A Ética da Responsabilidade
A ética da responsabilidade apregoa que somos responsáveis por aquilo que fazemos. Em vez de aplicar ações previamente estabelecidas, os agentes realizam uma análise situacional: avaliam os efeitos previsíveis que uma ação produz; planejam obter resultados positivos para a coletividade; e ampliam o leque das escolhas ao preconizar que “dos males, o menor”. A tomada de decisão deixa de ser dedutiva, como ocorre na teoria da convicção, para ser indutiva.
Versus
ÉTICA DA CONVICÇÃO | ÉTICA DA RESPONSABILIDADE | É uma ética dos deveres, das obrigações de consciência, das certezas, dos imperativos categóricos, das ordenações incondicionais | É uma ética dos propósitos, da razão, dos resultados previsíveis, dos prognósticos, das análises de circunstâncias, dos fatores condicionantes | Repousa no conforto das respostas acabadas e das verdades absolutas | Enfrenta a vertigem das perguntas e o desafio das soluções relativas | As decisões ocorrem da aplicação de princípios ou ideais | As decisões decorrem de uma análise das circunstâncias, dos riscos, dos custos e benefícios | Decidir é obedecer a ditames da consciência, respeitar preceitos, prescrições e normas | Decidir é presumir resultados altruístas, responder pelas consequências das ações | Vertente de princípio: respeito as regras, haja o que houver. Vertente da esperança: o sonho antes de tudo | Vertente de finalidade: alcanço objetivos