AS TEORIAS SOCIAIS E OS DILEMAS DOS “BINARISMOS”: UM BALANÇO DO DEBATE
Diversos teóricos apontaram profundas mudanças estruturais na sociedade moderna que acabou alterando as relações sociais, desde as mais locais, até as relações de proporções globais, chegando a um momento de “saturação”, momento esse que acabou recebendo as inúmeras terminologias tais como “modernidade tardia” (GIDDENS, 1997), “modernidade ambivalente” (BAUMAN, 1999), “pós-modernidade”. Mas, o que vem a ser a modernidade?
Segundo Berman (1986), a modernidade é o conjunto de experiências compartilhadas por homens e mulheres em todo globo, ou ainda, um modus vivendi imerso em um permanente turbilhão de mudanças e ambiguidades. Essas mudanças que ocorreram nas esferas intelectuais, sociais e políticas ao logo da história, criaram o mundo moderno (KUMAR, 1997).
Quando falamos em modernidade, erroneamente associamos-lhe o termo modernismo, como se referissem a mesma coisa. Todavia, modernismo está associado ao movimento cultural Ocidental que surgiu no século XIX, como uma reação crítica, um conceito estético, de refutação e rejeição apaixonada a modernidade, apesar de ser a modernidade cultural (KUMAR, 1997). A modernidade é caracterizada como um projeto social e político, tendo como pilar a ciência, a razão, o progresso e, sobretudo, a industrialização, apregoando um pensamento racionalista, progressista, linear e uni-
¹ Artigo elaborado para a obtenção de nota final na disciplina Teorias Sociológicas, do curso de Mestrado em Sociologia (Programa de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais/UFS).
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versal, e ainda, um universo de constantes experiências, aventuras, transformações e