As Sociedades Tradicionais e as Ameaças ao Meio Ambiente
Com o declínio do mundo socialista, sobretudo após o fim da União Soviética, a maioria das sociedades passou a ser organizada de acordo com a lógica do sistema capitalista. Mesmo as chamadas sociedades tradicionais (indígenas americanos, berberes e pigmeus africanos, aborígines australianos, etc.), que até algumas décadas atrás viviam de maneira isolada, vêm sendo influenciadas pelas tecnologias e pelos costumes da sociedade de consumo.
Durante milhares de anos, esses povos adquiriram um vasto conhecimento sobre o funcionamento da natureza, desenvolvendo hábitos culturais que visavam de maneira geral um relacionamento sustentável e harmônico com os recursos disponíveis em seus territórios. Suas atividades pouco agrediam o meio ambiente, garantindo a sobrevivência dos grupos e, ao mesmo tempo, a diversidade e o equilíbrio ecológico regional.
Os problemas ambientais e a emergência da consciência ecológica
Alguns tratados internacionais de preservação ambiental foram acordados na Europa no início do século XX. Porém, pode-se afirmar que, de maneira geral, até algumas décadas atrás não existiam preocupações maiores por parte da sociedade com relação ao meio ambiente local ou global. A ocupação de notas áreas-tanto destinadas à agricultura e à pecuária quanto usadas para atividades extrativas - de modo geral era realizada sem qualquer parâmetro de proteção ambiental.
A partir daí, vários grupos sociais, alarmados com a situação em que se encontrava o meio ambiente, passaram a promover amplos debates em nível mundial fazendo emergir a ideia de que os problemas ambientais deveriam ser motivo de preocupação para toda a humanidade. Nessa época, vieram à tona problemas como a contaminação do solo e da água por agrotóxicos amplamente utilizados na agricultura e decorrentes, sobretudo, da Revolução Verde, a poluição do ar e da água por resíduos industriais e o desmatamento em larga escala.
Nas décadas