As semelhança e as diferenças entre os jovens de hoje
Uma grande preocupação dos educadores nos dias atuais reside na falta de estrutura de muitos dos jovens.
Percebemos neles uma insatisfação generalizada: o que vestem não agrada, o que comem não é o que querem, estudar é entediante, orientação dos pais e dos mestres se lhes aparenta como ultrapassada.
Os tempos realmente mudaram. Os meios de comunicação – televisão e internet, principalmente – ditam modismos, empurram os jovens e até crianças para o consumismo desnecessário, centrado em marcas jogadas no mercado com a única função de seduzir.
Se remontarmos a tempos atrás, veremos, em sua maioria, uma juventude menos exigente, em todos os sentidos. O percurso para a escola normalmente era feito a pé. Os uniformes escolares, principalmente os femininos, mostravam-se pesados e solenes. Não havia a facilidade de acesso a livros, a não ser os didáticos, muito menos existia internet: o estudo se fazia sem ajuda de computador: lápis e caneta, questões abertas nas tarefas e nas provas, estas incluindo as famosas provas orais. E não adiantava reclamar, pois os pais não admitiam reclamações, colocando-se sempre ao lado dos mestres, com isso, apoiando-os nas orientações pedagógicas. E isso forjava adultos mais responsáveis e, talvez, mais felizes.
Hoje as facilidades se estendem a cada dia: quais os jovens que leem, a não ser os livros indicados pelas escolas? Às vezes nem esses: basta acessar o Google, e os resumos lá estão. E tudo com o consentimento de muitos pais. Roupas, tênis, mochilas, fichários, tudo precisa estar conforme os ditames da moda. O professor - coitado! – que se atreva a chamar a atenção de determinados alunos: os pais, em vez de apoiá-los, acreditam na versão dos filhos, postando-se contra o professor