As Reverberações de Guttenberg

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Uma das invenções mais significativas e perenes da Baixa Idade Média foi a da máquina de impressão, por Johannes Guttenberg, no ano de 1439, que possibilitou a ampla divulgação de textos, livros e panfletos por todo o continente europeu. Essa invenção veio de encontro a diversos movimentos que começaram a nascer na Europa durante o mesmo período, como o florescimento do pensamento humanista, a reforma protestante e a contrarreforma católica; e, como consequência desses movimentos populares – sobretudo da reforma protestante – a população europeia entrou em uma fase de grande difusão da leitura.
Este ensaio tratará da relação desses movimentos com a invenção de Guttenberg, e como eles reagiram e se utilizaram dessa técnica para seus antagônicos fins.
A Reforma Protestante Martinho Lutero – o mais famoso reformador protestante -, assim como muitos outros reformadores, viam a tipografia como presente de Deus para auxiliar a mudança na religião cristã, dominada pela Igreja de Roma
A imprensa é o último dom de Deus e o maior. Efetivamente, por meio dela Deus quer dar a conhecer a causa da verdadeira religião a toda a terra até os confins do mundo. (GILMONT, 1999, p, 47).

Durante o início do século XVI, a difusão da técnica de impressão já estava bem difundida na Europa; eram poucos os países que não dominavam essa técnica. O aumento da oferta diminui o preço dos livros e, por conseguinte, livrarias crescem em tamanho, agora que podem ter um catálogo maior (GILMONT, 1999, p. 48).
O uso da técnica de impressão não ficou limitada a publicação dos chamados grandes livros. Na Alemanha, principalmente, houve uma grande impressão de panfletos e pequenos livros, com o objetivo de convencer o grande público – ao menos daqueles que sabiam ler; algo como uma forma de imprensa primitiva. E é nessa circunstância que veio à tona o primeiro dos movimentos a se utilizar da invenção de Guttenberg, o protestantismo de Lutero. (GILMONT, 1999, p. 49).
O movimento encabeçado

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