As relações humanas nas multinacionais
O DESAFIO DO BILINGUISMO
1. introduÇâo
A pesquisa apoia-se em pressupostos da teoria das Relações Internacionais, área de grande importância para o desenvolvimento das empresas multinacionais em pleno domínio em nossa época de economia global de mercado.
No Brasil, a presença cada vez maior de multinacionais torna indispensável a reflexão sobre a adequação dos padrões empresariais à realidade de integração de sociedades distintas. Para além dos acordos legais bi ou multilaterais na constituição de empresas multinacionais, os impactos causados pelo processo de internacionalização entre as pessoas são evidentes e merecem atenção especial. Todo o funcionamento da Relação Humana na empresa multinacional depende diretamente da situação da Relação Internacional, desde a escolha do quadro de funcionários, que deve atender às exigências de língua e de conhecimento da administração estrangeira, até a forma de manutenção do trabalho em pleno acordo com as especificações do ambiente de produção e mercado dos países envolvidos. Surgidas no século XIX com a expansão do capitalismo, as multinacionais de países desenvolvidos instalam-se nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento atraídas pela boa oferta de matéria-prima e pela suposta condição favorável de contratação de mão-de-obra, sobretudo no que diz respeito aos baixos salários. As políticas econômicas internacionais, fundadas na lógica do mercado livre globalizado, garantem a efetivação desse processo. Para muitos países que as recebem, as multinacionais representam uma grande oportunidade de desenvolvimento econômico e social. Elas atuam em todo tipo de setor, do econômico ao cultural, intervindo definitivamente na organização social.
A empresa multinacional é sem dúvida, ao lado das políticas públicas do Estado e de organizações não governamentais, um agente da Relação Internacional, promotora da aproximação entre países. Mas os resultados dessa inter-relação