As relações econômicas e políticas do Brasil com a América do Sul e China
O crescimento econômico brasileiro, a imagem imperialista e o risco de desindustrialização
Resumo O presente artigo aborda a posição do Brasil no Sistema Internacional de diferentes pontos de vista, podendo este ser encarado ao mesmo tempo como imperialista, tendo como base as relações políticas e comerciais na América-Latina e como periferia, analisando a forma como se estabelece a relação comercial com a China e como suas conseqüências podem significar um avanço ou um retrocesso.
Palavras-chave: Imperialismo, colonialismo, comércio, desenvolvimento, desigualdade.
Abstract
This article talks about Brazil’s position in the International System from different points of view, and how it can be seen at the same time as imperialist, based on its commercial and politic relations in Latin America or as periphery, analyzing the establishment of its commercial relations with China and how its consequences could mean a progress or a regress.
Keywords: Imperialism, colonialism, commercial, development, inequality.
Introdução
O Brasil tem conquistado cada vez mais espaço no Sistema Internacional e isto, muito se deve ao fato de ter alcançado um significativo crescimento econômico - 7,5% - em 2010 (GASPARI, 2011), de ser a atual 7ª economia do mundo (GOMES, 2011) e de que suas exportações de commodities aumentaram significativamente, principalmente para a China. Entre 2000 e 2010 “foram exportados US$ 36,6 bilhões em minério de ferro e seus concentrados, US$ 30,4 bilhões em sementes e frutos oleaginosos, e US$ 9,6 bilhões em petróleo bruto e óleos de minerais betuminosos (...) e US$ 4,8 bilhões em pasta de papel e celulose”. (ACIOLY, PINTO, CINTRA, 2011, p. 31) Tem procurado, também, dar maior atenção a países em desenvolvimento e às relações sul-sul, mas é sua relação comercial com a China que causa maior apreensão, devido ao risco de desindustrialização que se torna cada vez mais