As práticas alternativas na psicologia
O aumento no número de denúncias de profissionais, que incluem práticas místicas em suas sessões, preocupa por deturpar a imagem da profissão.
A onda mística, que assola o país já há alguns anos, bateu ás portas da psicologia, gerando conflitos no exercício profissional. Para se ter uma dimensão do problema, cerca de 25% dos processos no conselho regional de psicologia de SP são relativos á denúncias contra psicólogos que inserem práticas místicas ou não reconhecidas pela profissão em suas sessões psicoterápicas, comprometendo o trabalho psicológico e a imagem da profissão no Brasil. “Os usuários, por representarem muitas vezes um público leigo não denunciam porque aceitam aquilo que o profissional oferece na sessão como Psicologia por conta disso acabamos identificando o problema, muito mais claramente, na publicidade feita por esses profissionais que se promovem como psicólogos ligados á algumas práticas místicas, do que na denúncia de usuário”, revela a coordenadora da comissão de ética do CRP-SP, Elisa Zaneratto Rosa.
Ela afirma que surgem muitos e variados casos que ferem o artigo 2°, como aqueles que oferecem e desenvolvem terapia de vidas passadas ou que realizam com o cliente algum tipo de ritual místico ou religioso, como acender uma vela para um santo ou dar um “passe” espiritual no paciente.
“Se o psicólogo oferece algum tipo de prática mística, ou não reconhecida, ele não pode misturá-la á prestação de serviço psicológico. Se ele é, ao mesmo tempo, astrólogo e psicólogo devem separar constantemente as duas atividades, seja no cartão de visitas ou em outras formas de divulgação, nos locais em que trabalha, nas atividades que realiza, quando procurado para cada tarefa. Vincular as duas e oferece aquele que procura á psicologia uma prática que não pode ser reconhecida enquanto tal e deturpa a profissão”, adverte Elisa.
A professora de Ética Profissional na PUC-SP, bronia Liebesny, acrescenta que parte do