As primeiras formas de organização dos elementos químicos
Após a proposta da teoria atômica de Dalton e de trabalhos de diversos cientistas, o número de elementos químicos conhecidos no século XIX aumentou muito. O conceito de elemento químico naquela época referia-se a substâncias que não podem ser decompostas.
Vários cientistas procuraram agrupar os elementos químicos de acordo com as características observadas.
Modelo das tríades
Uma das primeiras tentativas de classificação dos elementos químicos foi à proposta pelo químico alemão Johann Wolfgang Dobereiner (1780-1849). Em 1829 ele observou que, ao agrupar três elementos com as propriedades semelhantes, ocorriam combinações numéricas entre os seus valores de massa atômica.
Exemplo:
Elemento químico
Massa atômica Cálcio
40
Estrôncio
88
Bário
137
40 + 137 = 177
177/ 2 = 88,5
Observe que a massa atômica do estrôncio 88 é muito próxima à média das massas atômicas do cálcio e do bário.
Os agrupamentos com essa características eram chamadas de tríades. Muitos outros cientistas contribuíram descobrindo novas tríades nos anos seguintes, mas, assim como Dobereiner, não foram capazes de explicar o porquê desse fenômeno nem por que ele não era válido para todos os elementos químicos conhecidos até então.
Modelo das oitavas
O químico inglês John Alexander Reina Newlands (1837-1898) observou que, ao ordenar os elementos químicos conhecidos naquela época pela massa atômica, algumas propriedades se repetiam a cada oito elementos.
Newlands, que tinha conhecimento de música, percebeu que a essa repetição ocorria da mesma maneira que nas notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó, ré, mi, ...). Essa classificação ficou conhecida como “Lei das Oitavas”. No entanto, nela havia muitas exceções e contradições que foram criticadas pela comunidade cientifica. Por exemplo, o cobalto (Co) e o níquel (Ni) foram colocados na mesma posição, assim como outros elementos como Ce e La e Pb e Ir.