As pessoas e as organizações
A composição entre o indivíduo e a organização é um processo que não é de hoje. Desde a Antiguidade Clássica, assim como em toda linha cronológica da história, já se pensava em como preservar as características da personalidade dos indivíduos em detrimento às regras e imposições das organizações. Então, a partir da Revolução Industrial, ficou mais nítido por conta do sistema econômico vigente da época até os dias de hoje, o Capitalismo, onde existe um conflito pertinente entre o trabalhador e a organização industrial pela divergência em interesses opostos, onde cada lado defende pontos muito diferentes e para visar uma continuidade harmônica é preciso estar voltado às relações humanas.
As pessoas que entram para colaborarem com a organização enquanto funcionários buscam como um dos objetivos principais, se não o maior, a ascensão profissional, porém essa é uma ideia que não se assemelha a dos indivíduos fundadores da organização como prioritária já que o carro-chefe é a preocupação com o desenvolvimento da instituição. Por isso é importante destacar que os trabalhadores e as organizações possuem objetivos distintos para alcançar, mas que podem ser complementares, pois com bons resultados apresentados pela empresa ou por tempo de serviço o funcionário pode acabar sendo promovido de cargo ou sua remuneração ser acrescida em virtude de um plano de carreira. Porém, historicamente é visto que os objetivos individuais e organizacionais não são muito felizes juntos, devido às exigências que as organizações impõem às pessoas, restringindo seus desempenhos e isolando-as, através de tarefas especializadas, repetitivas e enfadonhas que não geram oportunidade do indivíduo ascender profissionalmente, além de reprimir suas manifestações e sentimentos de independência, responsabilidade e autoconfiança. Assim o trabalhador torna-se apático e consequentemente frustrado em seu meio de trabalho, muitas das vezes acarretando