As perseguições do império romano
Josué Giamarco
No tópico anterior vimos o crescimento e a expansão da igreja cristã, e seus dois primeiros confrontos com o Império Romano. Vimos também que tais perseguições não foram outra coisa além de arroubos de loucura dos imperadores Nero e Domiciano, que atingiram regiões específicas, como Roma e Ásia Menor, sem uma extensão que alcançasse todo o Império. Antes de analisarmos os fatos referentes às perseguições que se seguiram a essas, iremos ver alguns motivos que tornaram, e que em alguns casos, ainda hoje tornam, os verdadeiros cristãos pessoas indesejáveis e incompreendidas pelo mundo que os cerca. Primeiramente podemos ver que “o paganismo em suas práticas aceitava as novas formas e objetos de adoração que iam surgindo, enquanto o cristianismo rejeitava qualquer forma ou objeto de adoração. Onde os deuses já se contavam aos centos, quiçá aos milhares, mais um ou menos um não representava diferença. Por outro lado o cristianismo opunha-se a qualquer forma de adoração, pois somente admitia adoração ao seu próprio Deus. Um imperador desejou colocar, uma estátua de Cristo no Panteão, um edifício que existe em Roma até hoje, e no qual se colocam todos os deuses importantes. Porém os cristãos recusaram a oferta com desprezo. Não desejavam que o seu Cristo fosse conhecido meramente como um deus qualquer entre outros deuses. A adoração aos ídolos estava entrelaçada com todos os aspectos da vida. As imagens eram encontradas em todos os lares para serem adoradas. Em todas as festividades eram oferecidas libações aos deuses. As imagens eram adoradas em todas as cerimônias cívicas ou provinciais. Os cristãos, é claro, não participavam dessas formas de adoração. Por essa razão, o povo não dado a pensar considerava-os como seres insociáveis, taciturnos, ateus que não tinham deuses, e aborrecedores de seus companheiros. Com reputação tão desfavorável por parte do povo em