as paixões da alma
Rene Descartes em sua obra As paixões da Alma trata de explicar a dualidade entre corpo e alma, e começa falando das contribuições deixadas pelos antigos pois as considerava sem nenhum crédito, tentou afastar - se o máximo dessas questões, só assim seria possível se aproximar da verdade sobre esse assunto.
Descartes, diz ainda que apesar de diferentes ação e paixão acabam por ser a mesma a coisa, a ação não é senão conseqüência da paixão e segue afirmando que não há melhor modo de conhecer nossas paixões que analisar para se descobrir em nós mesmos a diferença entre alma e corpo e isso não seria tarefa difícil, no entanto, se fazia necessário, conferir ao nosso corpo tudo aquilo que nele ou em outro podemos perceber e à nossa alma tudo aquilo que não for possível a nenhum corpo. Descartes, segue fazendo uma analogia a cerca dessa dualidade alma – corpo, relacionando ao funcionamento dos sistemas do nosso corpo, onde destaca as funções de cada um, como por exemplo, relata que o coração seria encarregado de levar o calor(sangue) para todos os outros órgãos e no cérebro se produziriam os espíritos, animais, responsáveis pelas nossas ações (a alma). Esses espíritos animais são corpos acanhados que se movimentam muito velozmente. Não se prendendo em nenhum lugar, ao passo que uns adentram outros são levados para fora, provocando o movimento. O fato de um músculo se encolher para gerar o movimento é que trás do cérebro mais espíritos animais para ele do que para qualquer outra parte. Os que deixam o cérebro, por si sós não perturbam os músculos, não produzem movimentos, mas estimulam os espíritos já existentes a saírem, os quais são muito mais numerosos e que entram em outro músculo fazendo com que este se torne mais rijo, enquanto àquele que se dilata gera, portanto, o movimento. Isso se daria no cérebro, mais especificamente em um lugar que em outros e esse lugar seria uma glândula especial a qual aqui é denomina de glândula pineal.
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