As ortografias das vogais orais e nasais
Regiane Maria Dondici Marques (G/UFG)
RESUMO
O presente estudo tem por objetivo investigar as possíveis interpretações fonológicas de determinados segmentos orais e nasalizados do português brasileiro. Temos as vogais orais que são pronunciadas completamente através da cavidade oral. No português brasileiro, existem sete vogais orais as quais são: "a", "ê", "é", "i", "ô", "ó" e "u". Enquanto as vogais nasais são aquelas pronunciadas em que uma parte do ar usado para a pronúncia escapa pela cavidade nasal. Existem cinco vogais nasais as quais podem ser representadas com dígrafos ou com “~”, no português são elas exemplificadas nas seguintes palavras: "maçã", "sem", "capim", "garçom”. E não podemos deixar de abordar os encontros vocálicos, que são eles: ditongo, tritongo e hiato.
PALAVRAS-CHAVE: vogais orais, vogais nasais, encontros vocálicos.
INTRODUÇÃO
As bases da ortografia do português brasileiro são fonológicas, ou seja, ela representa a pronuncia com alguma aproximação. Por isso, só em poucos casos um falante pode ter dúvidas quanto à pronúncia de uma palavra. E isso acontece nas seguintes situações: - Na pronúncia de e e o tônicos, quando não são marcados por acento nem são parte de um ditongo. Assim temos pera, com [e], e fera, com [ɛ]; sopa, com [o] e tropa, com [ɔ]; nesses casos a ortografia não fornece pistas para a distinção.
- Na pronúncia de e e o átonos pretônicos. Nessa posição, e pode ser [ɛ], [e] ou [i]; e o pode ser [ɔ], [o] e [u], segundo regras até hoje mal compreendidas. Além disso, há uma boa dose de variação regional e mesmo pessoal. Em posição de final de palavras, e e o finais átonos, seguidos ou não de s, sempre se reduzem a [i] e [u], respectivamente: livro [´liv u]; ele [´eli].
As vogais podem ser orais e nasais. E podem variar quanto a sua zona de articulação, a qual está relacionada com a região da boca onde as vogais são articuladas. Podendo ser em: média, anteriores