As origens das desigualdades sociais
As desigualdades sociais têm uma origem natural ou social?
Os fatos: A desigualdade social reina desde sempre entre os homens: a desigualdade de riquezas, de poder e prestígio. Hoje, o acesso ao poder é cada vez mais determinado pela inteligência do indivíduo. As sociedades democráticas tratam de oferecer a cada um oportunidades iguais para ter sucesso na vida, em particular por meio dos estudos obrigatórios. E no entanto, as desigualdades persistem.
O problema filosófico: O sucesso social desigual dos indivíduos é explicável pelas diferenças genéticas ou sociais? É possível se provar que pelas diferenças de aptidão e de motivações que se constata na escola deve-se mais a fatores inatos e biológicos ou deve-se mais a fatores adquiridos, e de ambiente social e cultural?
Os argumentos presentes:
TESE A: OS DONS DE CADA UM SÃO INERENTES.
Levando-se em conta que as oportunidades são iguais para todos, aqueles que têm menos sucesso, simplesmente estão menos armados pela natureza. Logo, é inútil que se estimulem os menos dotados a mirar mais alto que suas aptidões e ambições, nem de bradar contra a injustiça posto que a natureza adaptou os indivíduos às diferentes tarefas da vida social.
1. O caráter – Desde o nascimento, cada ser humano possui o seu caráter e o seu temperamento.
2. Os gêmeos – Alguns afirmam que os gêmeos criados separados e mergulhados em meios diferentes têm um sucesso idêntico.
3. Os dons – Ser brilhante em matemática ou em criação artística é uma questão de dons.
4. Ambição – Por caráter, nem todo mundo quer subir socialmente pois muitos não se sentem feitos para comandar e para se angustiar.
TESE B: O MEIO AFETIVO, SOCIAL E CULTURAL É DETERMINANTE.
Estatisticamente está provado que os meios socioculturais se reproduzem porque eles transmitem para as novas gerações os seus recursos, suas ambições e seus limites. Quaisquer que sejam as predisposições genéticas individuais, o desenvolvimento pleno de suas possibilidades depende do meio