As organizações no século XXI
Adm. Julio Cezar da Silva Morais
Especialista em Gestão pela Qualidade Total
Introdução
“ E Deus criou o homem...” (Gênesis, 01:26)
Apesar do sentido figurado desta citação bíblica, a intenção do texto é deixar claro que, a partir do surgimento do homem, começaram as relações homem x trabalho, que vem se desenvolvendo no decorrer da história da humanidade. Sob a ótica antropológica, esta insubstituível relação, dá o verdadeiro sentido do trabalho e da sua evolução, tendo em vista, que o valor do trabalho incide, justamente, em quem o executa, ou seja, o ser humano.
Como se pode observar, o ser humano é o principal agente das transformações na sociedade. Neste contexto, tem-se as organizações, preocupadas com o rápido desenvolvimento tecnológico, a guerra tecnológica, e principalmente, com os novos rumos, desafios, contingências, restrições e adversidades que se apresentam, impostos pela sociedade, suas necessidades e expectativas, buscando de forma continua a qualidade de vida.
Portanto, deve-se considerar que tanto o homem quanto as organizações possuem limitações, uma especialmente merece destaque, a temporalidade da existência, isto é, a mortalidade. Este sentido de finitude faz com que homens e organizações busquem a cada dia superar-se, busquem, na realidade, o sentido da vida.
Em razão do processo mutante em que estamos inseridos, com transformações rápidas e profundas da sociedade de ordem econômica, política e social, como por exemplo: a informática, a globalização dos mercados, a engenharia genética, a robotização dos processos produtivos, entre outros, a busca pela superação é o grande desafio das organizações. Todavia, os problemas mais importantes a serem transpostos não são os tecnológicos, mas com certeza, os antropológicos, sociológicos e até psicológicos, todos relacionados diretamente às ciências sociais, principalmente, a valores humanos e, é neste sentido, que deve trilhar todas as discussões do