As obras da carne
Já discorremos sobre a insignificância da diferenciação que fazem os cristãos sobre a existência de vários frutos ou apenas um fruto com várias partes. Discussão meramente acadêmica que não interfere na aplicabilidade do ensino bíblico, na vida da maior parte dos que freqüentam nossas igrejas.
O primeiro fruto (ou primeira parte do fruto) é a prostituição. E o sentido que comumente se atribui a palavra é como sinônimo de fornicação, isto é, a prática sexual pré-matrimonial. Isto é prostituição, sim. Mas prostituição não é somente isto.
As palavras podem ter seus sentidos alterados de acordo com o contexto em que estão inseridas. Assim, essa palavra pode adquirir outros sentidos, de acordo com o sentido que o Autor quiser lhe emprestar.
No mundo, a palavra prostituição pode ser relativo a uma troca imoral, pessoas que dão coisas para receber outras coisas, prática esta que ofende a moral e ética. Mulheres e homens que alugam seus corpos por dinheiro, bens, necessidades. Isto é uma forma de prostituição (Ex.23, II Reis 17:17) que gostaria que ficasse claro para todos quantos se dizem cristão e se ufanam como sendo "filhos de Deus".
Prostituir é vender a própria honra, a própria dignidade, é sacrificar o amor-próprio e a auto-valoração em troca de alguma outra coisa.
Nós freqüentemente somos forçados a escolher entre o que é reto aos olhos de Deus, aquilo que Deus quer e exige de nós, é aquilo que é melhor (pelo menos aparentemente) aos nossos olhos. Como ocorreu em Números 25. Para possuirem as mulheres moabitas, os hebreus adoraram os deuses estranhos, e se inclinaram diante de ídolos feitos por mãos humanas. Nesse sentido, Adão e Eva se prostituíram quando a desobedeceram a Deus para poder saborear o fruto da árvore da vida.
Abraão prostituiu-se quando mentiu para não correr o risco de ser morto por causa de sua linda mulher (Gen.12 e 20). Isaque repetiu o mesmo erro (Gen.26). Jacó mentiu para obter a benção